ARTE POVERA E BIODIVERSIDADE

(Trecho extraído do Projeto Arte e Biodiversidade - Artista Plástica Walda Pessoa)

Povera, feminino de povero, é uma palavra italiana que significa "pobre". Assim foi conhecido esse movimento surgido na década de 1960 na Itália: Arte povera. Pobre porque propõe a utilização de materiais simples, o que hoje comumente chamamos de sucata: metal, pedra, areia, madeira, trapos, elementos colhidos na natureza, etc.

O termo arte povera foi criado pelo crítico Germano Celant em 1967, por ocasião da exposições realizada por esse artista.

O movimento ganhou força na década de 1970, influenciado pela arte conceitual. Os temas e materiais utilizados na arte povera buscavam tratar das propriedades dos elementos utilizados, que poderiam sofrer transformações com o passar do tempo. Por exemplo, a oxidação do metal (é possível traçar paralelos com a arte efêmera).

A arte povera também atuou como uma crítica à economia capitalista e à sociedade de consumo, de maneira a provocar reflexões sobre o valor de uso das coisas

PROPOSTA PARA TRABALHAR COM ALUNOS

Buscar salientar a natureza e variedades de materiais, alguns da vida cotidiana, diferindo dos materiais tradicionais da Arte.

Pode-se trabalhar com o próprio lixo produzido por eles, alguns perecíveis, como restos de balas e doces, nos quais se poderia observar a modificação com a passagem do tempo e a transformação.

Assim, pode se ampliar o campo de referência dos alunos, mostrando exemplos da Arte Povera.

O trabalho estimula a capacidade de selecionar materiais, classificá-los, ordená-los em função de uma forma projetada e leva ao desenvolvimento da capacidade crítica para a forma e para as questões da vida cotidiana, assim como para as relações entre tempo e matéria.